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João Paulo Krajewski

Natural de Campinas, Brasil, João Paulo Krajewski sempre foi um apaixonado pela natureza e por aventuras. Em 1999 ingressou no curso de Ciências Biológicas na Universidade Estadual de Campinas, e desde então aliou a biologia à fotografia. Na universidade conheceu Roberta Bonaldo, hoje sua esposa. Formou-se biólogo e, em seguida, fez mestrado e doutorado, estudando peixes marinhos na Unicamp. Em sua carreira de biólogo teve grande influência do professor e amigo Dr. Ivan Sazima, com quem desenvolveu o amor pela observação cuidadosa do comportamento animal e história natural.

Junto com o Prof. Ivan, Roberta Bonaldo e a pesquisadora Dra. Cristina Sazima, João estudou o comportamento de peixes em Fernando de Noronha, publicou um livro sobre o assunto e iniciou sua carreira como fotógrafo e cinegrafista da natureza. As histórias que registrou junto a seus colegas se transformaram em diversos programas de televisão, com destaque para um Globo Repórter, e matérias em revistas. A partir daí, João Paulo começou a se dedicar quase que exclusivamente à produção de imagens da natureza. Em 2006 mudou-se para o nordeste da Austrália, lar da Grande Barreira de Corais. Lá acompanhou o curso de doutorado de sua esposa, Roberta Bonaldo, e teve a oportunidade de interagir com pesquisadores renomados e trabalhar como voluntário em expedições na Barreira de Corais. Fez centenas de mergulhos na região, o que aumentou ainda mais sua paixão por peixes marinhos e recifes de corais. Além do mar, João explorou as florestas da Austrália, sua outra paixão. A inúmera quantidade de animais e plantas únicos do país o chamou a atenção não só para a beleza do local, mas também para as diferenças entras as grandes florestas do mundo, especialmente considerando as florestas que conhecia no Brasil. Essa experiência na distante Austrália foi, portanto, um modo de perceber ainda mais as peculiaridades de seu país natal.

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Em 2008 João foi contratado pela Rede Globo para produzir, gravar e apresentar o quadro Domingão Aventura, do programa Domingão do Faustão. Desde então, viaja o mundo para gravar histórias sobre animais. Em 2010, quando Roberta terminou seu doutorado na James Cook University, ambos se mudaram para Atlanta, nos Estados Unidos, onde Roberta iniciou um pós doutoramento no Georgia Institute of Technology. Nessa ocasião, a pesquisadora trabalhou nas Ilhas Fiji, estudando áreas marinhas protegidas localizadas junto a pequenas vilas. João acompanhou o trabalho e, com isso, acabou morando alguns meses na vila de Votua, onde aprendeu sobre a cultura local e uso dos recifes de corais pelos fijianos. Além de pesquisas, João e Roberta trabalharam com educação ambiental com crianças e líderes das vilas, usando fotos e vídeos produzidos por João. Em 2012 o casal voltou ao Brasil. João Paulo viaja para diversos países para gravar e fotografar animais e Roberta é pesquisadora na Universidade de São Paulo.

Ao longo de sua carreira, João Paulo já viajou para mais de 50 países em busca de imagens da natureza. De regiões geladas a florestas tropicais ou o fundo do mar, suas imagens aparecem em programas de TV e documentários em diversas partes do mundo, incluindo documentários da National Geographic e programas de TV no Japão. É ganhador de prêmios internacionais, com imagens finalistas no concurso “Wildlife Photographer of the Year”. Seu mais recente prêmio foi o título de “Highly Commended”, dado a uma de suas fotos na categoria “Wide Angle International”, na importante competição “Underwater Photographer of the Year”, em Londres. Aliado a sua formação como biólogo e doutor em ecologia, João Paulo conta com componentes artísticos e científicos para fazer suas imagens. Além disso, sua parceria com pesquisadores do mundo todo o possibilitou visitar lugares pouco conhecidos, muitos deles inacessíveis ao público geral. Assim, João traz sua visão artística para o mundo da Biologia, criando imagens que não só encantam, mas também trazem informações curiosas e importantes. João Paulo fez mais de 4000 mergulhos em diversos países e já fotografou de baleias de 15 metros a pequenos cavalos-marinhos com menos de 2 centímetros. Parte do seu trabalho como fotógrafo submarino foi publicado em um livro que reúne mais de 300 imagens, “A Vida em Nossos Mares”.